Quase todo mundo tem um animal de estimação. Mas são poucos os que escolhem um bichinho, digamos assim, que foge do comum. É o caso da dona de casa Alzira Bellote de Menezes, 56 anos, moradora do bairro Capela Velha, que cria um ganso. Isso mesmo! Um ganso que ela batizou de Patolino e que ganha regalias como qualquer outro “pet”. Ele faz passeios pelo bairro ao lado da dona, toma banho em uma caixa d’água que faz às vezes de um lago, come ração e vários outros alimentos. “O Patolino é o meu xodó, ele entende tudo que eu falo, me acompanha nos passeios, faz carinho e alegra meus dias”, conta Alzira.
A dona de casa sempre quis ter um ganso. Chegou a ganhar um filhote, mas ele morreu enquanto ela o transportava para casa dentro de uma caixinha. “Eu tenho três cães, dois gatos e algumas calopsitas, mas meu sonho era ter um ganso, até que consegui comprar o Patolino. Ele chegou aqui em casa, e de cara, já se deu bem com todos. Meus cachorros o respeitam”, brinca. Quando ela sai com ele para passar, as pessoas ficam admiradas, chegam a parar para ver o ganso andando na rua, seguindo direitinho a dona. Quando Alzira entra em algum comércio, ele fica na porta esperando.
“Patolino ainda é um bebê, tem apenas seis meses, mas já foi educado e me obedece. Anda livremente pela casa, mas conhece seu cantinho. No começo eu saia com ele na cordinha, com medo que fugisse e fosse atropelado ou que avançasse em alguém, hoje ele anda sozinho, do meu lado, atravessa a rua na faixa comigo, se eu chamo ele vem, não me dá problemas”, relata a dona de casa.
O marido a Alzira também gosta do Patolino, seus filhos o pegam no colo quando chegam. “Meu bichinho brinca com todo mundo, já é um membro da família”.
Fama
Além de chamar a atenção das pessoas nas ruas, o Patolino está famoso. Muitos querem tirar fotos com ele, principalmente as crianças, que ficam apaixonadas. “Eles me perguntam como eu consegui fazê-lo andar do meu lado, me obedecer, e eu respondo que foi com muito carinho, assim como a gente ensina um cãozinho, um gato, ou qualquer outro animal de estimação. Quando estamos muito tempo na rua, pergunto se está cansado, e ele balança a cabeça dizendo que não, nem quer saber de colo, mas às vezes eu fico com dó e carrego ele. O Patolino é meu xodó”.
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Texto: Maurenn Bernardo
Publicado na edição 1259 – 29/04/2021
