Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) divulgados nesta quarta-feira, 9 de junho, voltam a mostrar uma aceleração preocupante nos casos ativos de Covid-19 em Araucária. Em apenas sete dias o número de pacientes em tratamento saltou de 1.925 para 2.510. Um aumento superior a 30%.
Mesma aceleração se viu no número de óbitos: 20 em apenas uma semana. Eram 344 vítimas fatais em 2 de junho. Ontem a cidade trouxe a triste marca de 364 pessoas que tiveram suas vidas interrompidas em razão de algum tipo de agravamento causado pela doença.
O perfil dos novos mortos também vem mudando. São mais jovens. Para se ter uma ideia, dos vinte óbitos desta última semana, sete tinham entre 50 e 59 anos. Outros quatro tinham entre 30 e 49 anos. Nestas estatísticas também está um jovem de apenas 19 anos, morador do bairro Fazenda Velha, que não resistiu ao novo coronavírus. Ainda conforme números obtidos por nossa reportagem, boa parte desses óbitos são de pessoas que se contaminaram na primeira quinzena de maio, muito possivelmente no período de comemorações do Dia das Mães, em que houve uma flexibilização, talvez quase que inconsciente, das recomendações para não aglomeração e manutenção do distanciamento social.
Vacinação
Em meio a tanta notícia ruim, a boa nova é que – finalmente – a vacinação contra a Covid parece evoluir, com novas doses chegando de maneira regular e a imunização de grupos etários sem comorbidades avançando. Até o final da semana que vem, por exemplo, a tendência é que a cidade comece a disponibilizar a primeira dose para pessoas na faixa dos 40 anos.
Dados da Vigilância em Saúde da Prefeitura mostram que Araucária se aproxima dos 30% de sua população imunizada. Ainda é pouco para que haja algum tipo de imunidade coletiva, mas é um apego de esperança em tempos que uma gota de água no oceano deve ser celebrada.
Até esta quarta-feira (9), por exemplo, 30.533 pessoas já haviam recebido a primeira dose da vacina. A grande maioria dos araucarienses recebeu o imunizante Fiocruz/AstraZeneca (48,6%, seguido pela Butantan/Coronavac (43,3%) e Pfizer/Biontech (8,1%).
Texto: Waldiclei Barboza
Publicado na edição 1265 – 10/06/2021