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Araucariense estreia nas Paraolimpíadas de Tóquio no dia 28
Alex está no Japão desde o dia 10 de agosto e aguarda ansioso pela estreia na maior competição paraolímpica do mundo. Foto: divulgação

Está chegando a hora da estreia da seleção brasileira masculina de paravôlei nas Paraolimpíadas de Tóquio 2020, e entre os atletas está o araucariense Alex Witkowski. Desde o dia 10 de agosto ele está na cidade de Hamamatsu, no Japão, onde deverá permanecer até a próxima sexta-feira, dia 20, quando o time embarcará rumo à Vila Olímpica. As paraolimpíadas começam no próximo dia 24, e a estreia de seleção brasileira será no dia 28/08, contra a China, às 18h30 (6:30 no Brasil).

Alex tem vivido uma experiência única, que certamente levará para toda a vida. A rotina de treinos, segundo ele, é parecida com a que a equipe estava acostumada a enfrentar no Brasil, porém com alguns pequenos detalhes que a tornam mais rigorosa. E é o próprio Alex que descreve como tem sido a realidade de um atleta paralímpico. “A rotina de treino é bem puxada, mas o que muda aqui no Japão é a correria doida que a gente enfrenta todo dia. Temos que seguir muitos protocolos rígidos de segurança e saúde. Nosso dia começa às 7h com o exame do Covid-19 via saliva. Fazemos o teste todo dia, exatamente às 7h, porque o japonês é extremamente pontual, além disso temos que inserir dados de saúde no aplicativo, que foi criado pelo Departamento de Tóquio. Logo após o exame tomamos o nosso café e em seguida saímos do hotel em direção ao nosso ginásio de treinos diários. Levamos cerca de 50min pra chegar lá, chegamos sempre às 8h50 (como disse, japonês é muito pontual com os horários). Treinamos de manhã e de tarde, com treinos de até 2 horas e meia, mais uma hora de musculação pós treino da quadra”, relata Alex.

Ele conta que os protocolos de segurança criados para os atletas são muito rígidos, já na entrada do ginásio a equipe de organização pede para todos tirarem os tênis/chinelos e deixarem em um lugar especifico. Depois os atletas utilizam um calçado próprio do ginásio e seguem com ele até a quadra. Somente lá podem se trocar e iniciar os preparativos pessoais pré treino. “Quando estamos no hotel, nas horas de intervalo de um treino para o outro, ficamos praticamente isolados em um andar do prédio e não podemos sair das áreas marcadas. Esse sistema de ‘bolha’ é o mais rígido que já vi até agora, caso precise sair do andar, precisamos avisar o pessoal do Staff da segurança da saúde e esperar o Ok deles, mas geralmente acabamos não saindo do quarto pra evitar muito tumulto. No mais, nossa rotina aqui gira em torno de fazer os exames diários, treinar e voltar pro hotel”, diz o araucariense.

Alex faz questão de ressaltar que todo o esforço está valendo a pena e também agradece a todos que o apoiam e torcem por ele nesse momento tão importante da sua trajetória esportiva. “Todos os dias recebo mensagens de incentivo que me motivam a trabalhar e me dedicar para trazer essa medalha pro Brasil e pra Araucária. Não é fácil ser um atleta do alto rendimento hoje em dia, somos muito pouco valorizados e às vezes sem incentivo algum, como no meu caso, mas com força e determinação um dia mudaremos isso. Eu tenho fé. Caso queiram saber mais sobre a minha rotina aqui no Japão, me sigam nas redes Socias @AlexWitkovski (Facebook e Instagram)”.

Tabela de jogos

Após a estreia contra a China, a seleção de paravôlei enfrentará o Irã (campeão da Rio 2016) no dia 30, às 18h30 (6h30 no Brasil), e no dia 31 jogará contra a Alemanha, às 14h (2h no Brasil).

Os jogos serão transmitidos no Canal da World Paravolley no Youtube, e o SportTV deverá transmitir as finais pela TV.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1275 – 19/08/2021

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