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Colégio Marista Sagrado orienta alunos a detectarem as fake news

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Segundo pesquisas do Instituto de Tecnologia de Masachussetts (MIT), informações falsas têm 70% mais chances de viralizar que as notícias verdadeiras. Em contraponto, ainda existe muito a ser desenvolvido para ensinar e conscientizar crianças e jovens a detectarem as fake news. Por exemplo, promover uma educação na qual os jovens desenvolvam um pensamento crítico. O Colégio Marista Sagrado sabe dessa importância e atua no sentido de promover entre seus alunos uma habilidade para que possam entender os diferentes tipos de conteúdo.

Também comprometido com a formação integral de crianças e jovens, desde 2020 um novo componente curricular foi inserido na rotina dos estudantes Maristas: o Conexão XXI. A disciplina se propõe a preparar os adolescentes de hoje para os desafios do Século 21, considerando as constantes transformações da sociedade, desenvolvendo não apenas os aspectos acadêmicos, mas também as concepções sociais.

Fake ou News?

Embora o termo fake news não tenha sido formalmente integrado no dicionário de palavras do Brasil, o pronunciamos com certa frequência. Mas afinal, o que o termo realmente significa para nós? Literalmente, a tradução significa notícias falsas ou informações mentirosas que são compartilhadas como se fossem reais e verdadeiras, divulgadas em contextos virtuais, especialmente em redes sociais ou em aplicativos para compartilhamento de mensagens.

Inclusão do tema no currículo

O resultado do estudo realizado pelos cientistas norte-americanos, publicado na Revista Science, em março de 2023, colabora com o fato de que a desinformação é uma questão de entendimento social. Para solucionar o atual grau de influência das notícias falsas, especialistas educacionais sugeriram que o primeiro passo fosse a inclusão da educação midiática na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Alinhado a essa iniciativa, o Conexão XXI, disciplina exclusiva para as turmas do Ensino Fundamental Anos Finais do Colégio Marista Sagrado, além de promover o protagonismo e a autonomia na construção do conhecimento, proporciona vivências engajadoras em temáticas atuais. Entre elas, as populares fakes news.

Em cada ano escolar, os estudantes têm oportunidade de desenvolver projetos relacionados às seguintes áreas do conhecimento:

6º ano – Linguagens: Por que os dez mais são os dez mais?

7º ano – Ciências Humanas: Cidade sob suspeita;

8º ano – Ciências da Natureza: Fake ou News?

9º ano – Matemática e suas Tecnologias: Pontes para vencer obstáculos;

O projeto “Fake ou News?”, busca mostrar de que maneira a Ciência influencia nossa rotina no mundo. O trabalho acontece ao longo do ano letivo e consiste em uma série de debates, onde os estudantes compreendem, por A mais B, a importância de valorizar as fontes de informação e de diferenciar as notícias confiáveis das fake news.

Como a educação auxilia no combate as fake news

A capacidade de analisar criticamente o conteúdo que se consome é uma das competências fundamentais atualmente. Não basta só estar na internet, é preciso mais! A BNCC incluiu em suas exigências algumas habilidades, orientando professores e alunos a analisarem o fenômeno da disseminação de notícias falsas nas redes sociais e a desenvolverem estratégias para reconhecê-las, a partir da verificação/avaliação do veículo, fonte, data e local da publicação, autoria, URL, da análise da formatação, da comparação de diferentes fontes, da consulta a sites de curadoria que atestam a fidedignidade do relato dos fatos e denunciam boatos etc.

A partir disso, é através de dinâmicas atuais que as turmas dos 8ºAnos têm compreendido os malefícios das notícias falsas nas aulas do Conexão XXI. Conectado às mídias digitais, o professor responsável pelo componente curricular age como mediador, apresentando o que é necessário aos estudantes, para que eles possam ir além do material base em pesquisas e debates com os colegas.

Inspirado pelo fundador da Rede, Marcelino Champagnat, o Marista Sagrado acredita que a educação é, sobretudo, fruto de bons exemplos. Portanto, ela é uma estratégia de longo prazo em relação às fake news, beneficiando a todos nós com diversidade de ideias.

O que dizem os estudantes?

Para Caetano Politta Freire, estudante do 8ºB, aprender sobre esse fenômeno os prepara para o futuro. “Entendemos como checar as informações e porque não se deve compartilhar notícias mentirosas na internet”, explica o jovem.

Já para Yasmin Haiduck Ramos, do 8ºA, saber da existência de sites falsos é muito importante, pois uma vez que as notícias mentirosas são compartilhadas, elas se alastram como fogo e, dificilmente, a informação verdadeira irá alcançar o mesmo número de pessoas. “Quem cria esses sites se baseia em coisas verdadeiras para criar outras falsas. Precisamos estar atentos a isso nas redes sociais”, alerta a estudante.

Cinco dicas para identificar fake news

1 – Sentiu muita raiva? Desconfie.

As fakes news usam de um fator psicológico para convencer as pessoas. Elas geram diferentes e intensos sentimentos.

2 – Se receber uma notícia, verifique a data da publicação.

Muitas fake news tiram uma informação de contexto para influenciar quem as recebe. Há ainda os sites de checagem de fatos, como: UOL Confere Aos Fatos Agência Lupa.

3 – Se todo mundo está falando, é verdade? Não!

É muito mais difícil questionar um assunto quando muitas pessoas alegam que ele é verdadeiro. Vá na contramão, questione.

4 – Cuidado com frases clichês.

Esse tipo de estratégia tem a mesma função de chamar a atenção por despertar sentimento e emoção.

5 – Na dúvida, não compartilhe!

Se você não conseguiu confirmar que determinado conteúdo é verdadeiro ou se as estratégias que utilizou não foram suficientes, não compartilhe com outras pessoas.

Natália Pellegrini, professora responsável pelo projeto nos 8°Anos, comenta que as fake news são um tema que os alunos conhecem, pois já estão presentes no cotidiano, principalmente nas redes sociais, o que aumenta a participação na aula e acaba gerando colocações interessantes dos estudantes.

“Para evitar que notícias falsas se espalhem, eu sempre verifico a fonte da notícia (se esta é confiável ou não), o uso de sites de verificação de fake news, como o ‘Fato ou Fake’ e a leitura de artigos científicos sobre o tema contido na publicação”, recomenda a professora.

Edição n. 1359