O tráfico de drogas mais uma vez despedaçou uma família. Dois irmãos, um de 17 anos e o outro de 25 anos, foram mortos devido o suposto envolvimento de um deles com o mundo das drogas.
João Vitor do Couto Mota, o mais novo, foi assassinado na madrugada de 8 de outubro, em frente à sua casa, na rua Emilio Voss, no bairro Thomaz Coelho. A vítima, familiares e amigos estariam na casa, quando dois elementos, vestidos com camisetas da torcida organizada do time Coritiba e com os rostos cobertos, invadiram a residência proferindo ameaças.
Os bandidos teriam arrastado João Vitor para a rua e lá ordenado que o menor ajoelhasse. Foi quando atiraram cerca de três vezes contra ele e fugiram fazendo mais ameaças, visto que o alvo era, na verdade, seu irmão. De acordo com as investigações da polícia, o adolescente não tinha envolvimento com drogas e nem passagem pela polícia. Ele era estudante do Sesi e trabalhava como menor aprendiz.
Porém, os assassinos prometeram que voltariam para pegar o irmão da primeira vítima. Foi quando na quinta-feira, 21 de dezembro, o tal “alvo” foi pego. O irmão de João Vitor, Carlos Henrique Couto Mota, foi morto por volta das 22h30, quando chegava à casa de sua avó, na rua Alberto Markovicz, também no bairro Thomaz Coelho, em seu carro, um VW Gol, de cor preta.
Segundo informações, dois indivíduos em uma moto efetuaram diversos disparos contra a vítima e fugiram em seguida. Amigos de Carlos Henrique tentaram socorrê-lo, mas não teve jeito. Ele não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
O Samu esteve no local e constatou a morte com cerca de cinco perfurações, sendo na cabeça, tórax, ombro e mão. O corpo foi recolhido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), em Curitiba, e o veículo foi apreendido para perícia.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar os fatos deste homicídio, mas lembrou que no dia 1º de novembro foi preso Henrique Sebastião da Silva, conhecido como “Mãozinha”, um dos suspeito pela morte de João Vitor. Ele foi preso a partir do cumprimento de um mandado de busca e apreensão enquanto estava em casa, localizada no mesmo bairro em que residia a vítima.
O outro suspeito do homicídio a sangue frio do adolescente, Edenilson de Souza, segue foragido. Em seu desfavor já existe mandado em aberto. A Delegacia de Araucária suspeita que, como ele ainda não foi localizado, pode ter participado da morte de Carlos Henrique.
COMO A RIXA COMEÇOU
Investigações apontam para uma rixa, que parece não ter fim, para a morte dos irmãos, tudo devido a ponto de tráfico de drogas.
A confusão pode ter começado com a morte de Wesley de Godoy Teixeira, em setembro do ano passado no bairro Costeira.
Segundo informações, Carlos Henrique teria participado da morte de Wesley. Por isso, o outro grupo com envolvimento no tráfico, como forma de dar o troco, resolveu ir à caça de Carlos Henrique, que, inclusive, seria amigo de Fernando Gonçalves Menon, o “Paraguai”, preso no fim do ano passado, sendo um dos que comandava o tráfico.
Fotos: divulgação
Publicado na edição 1094 – 04/01/2018