O motorista do veículo Nissan Frontier que atropelou e matou Camila Prestes Rodrigues, de 26 anos, na noite de domingo (10/12) prestou depoimento na Delegacia de Araucária nesta quarta-feira (13). Isso após a Polícia Civil ter localizado o veículo na noite de ontem (12) em um condomínio residencial que fica na região do Campestre.
Para relembrar o caso, o corpo de Camila foi encontrado na tarde de segunda-feira (11) em uma região de mata localizada às margens da PR 423, com uma das pernas e um dos braços decepados.
Segundo o delegado Erineu Portes, a Frontier apreendida estava com a lateral do passageiro sem o retrovisor e apresentava vários danos. O motorista, de 42 anos, que teve a identidade preservada, foi interrogado e confessou à polícia que Camila de fato estava no veículo, mas do lado de fora, pendurada na porta do passageiro quando o acidente ocorreu. “Ele conta que estava vindo de Campo Largo em direção a Araucária pela PR 423 quando no km 15 uma moça apareceu na pista e levantou os braços como se estivesse pedindo socorro. Ele chegou a parar o veículo, mas assim que ela se aproximou, trancou a porta porque ficou com medo, acreditando se tratar de um assalto. Nesse momento, ele relatou que Camila aproveitou uma pequena abertura no vidro do passageiro e se pendurou na porta. Então ele seguiu por alguns quilômetros com a moça do lado de fora do carro, e no km 22, quando teria tentado empurrá-la, perdeu o controle da direção, vindo a colidir no poste”, relatou Dr Erineu.
Ainda conforme informações repassadas pelo delegado, o motorista disse em depoimento que teria descido do carro e como não viu nada, ainda teria tentado contato com a Polícia Militar, no entanto, como o sinal da internet estaria ruim naquela região, não teria conseguido. “Já em casa ele diz que ligou novamente para a PM e indicou o local onde teria ocorrido o acidente, porém nas palavras dele, a PM teria ido até lá e não encontrado nada”.
O delegado também falou que o motorista não mora em Araucária, apesar de ter uma residência na cidade. Ele foi interrogado e liberado, porém as investigações continuam. “Até este momento estamos tratando o caso como homicídio culposo (quando não há intenção de matar), com possível omissão de socorro, já que o motorista alega ter acionado a PM”, conclui Dr Erineu.
Edição n.º 1393