Movido por convicções

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Não é de hoje que me dedico a tentar entender Araucária. A tentar entender as razões que impedem que essa cidade seja tão grande como sua arrecadação. Tão forte como suas araucárias angustifolia. Tão pujante como sua economia.
Essa busca pela falha na equação que deveria ter feito de nossa cidade um eldorado de desenvolvimento volta e meia me leva ao desespero. Já tentei colocar a culpa nos gestores, os arranquei da fórmula. O erro persistiu. Compreendi então que não é possível simplesmente eliminá-los da conta. Eles são necessários. Os bons e os maus.
Passei então a pensar que o xis da questão fosse a população. Isso me causou dor e um lamento quase insuportável, vez que reconhecer que o problema poderia mesmo residir em nossa comunidade seria o mesmo que admitir que a equação é falha em sua essência. Afinal, como faríamos para ter um Município sem pessoas? Logo, será sempre necessário considerar nossos moradores na conta e ao fazermos isso precisamos aceitá-los como são: com suas virtudes e defeitos.
Como a conta seguia não fechando, passei a ponderar que – talvez – o erro estivesse no sistema como um todo. Afinal, como já diria o Capitão Nascimento em Tropa de Elite: o sistema é foda! Ele sempre se reorganiza, articula novos interesses, cria novas lideranças e assim por diante. De novo, então, não tem o que fazer. Sempre será necessário considerar que o sistema pode ser falho nesta equação louca.
Quando conclui a análise de todas essas possibilidades e já frustrado com minha incapacidade de entender Araucária, me conformei. Sim, me conformei! Mas não era um conformismo típico daqueles que fracassam. Era um conformismo em ter entendido que não há resposta exata para a continha que eu tentava fazer.
Precisamos batalhar todos os dias para termos uma cidade melhor, mais desenvolvida. Volta e meia, no entanto, nos cansaremos, ficaremos decepcionados com algo, inconformados com nossos gestores, de saco cheio com os moradores da vila ao lado, revoltados com o sistema e assim por diante. Será neste momento que teremos que decidir se desistiremos da luta ou se renovaremos nossas convicções de que é sim possível ter uma Araucária um pouco melhor amanhã ou depois.
Eu, particularmente, sou um entusiasta de Araucária! Otimista nato, acredito sempre que nossa cidade será melhor amanhã do que é hoje e é essa convicção que me move, apesar de muitas vezes nossos representantes, moradores e o sistema teimarem em querer me fazer desistir. Sigamos!
Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br. Até uma próxima!

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