O caso envolvendo uma criança que frequenta um CMEI da cidade, que inicialmente teria sido diagnosticada com uma alergia, mas acabou virando uma infecção de pele, deixou alguns pais preocupados. A criança teria chegado em casa com pequenas manchas e feridinhas na perna, e em poucas horas, o quadro teria evoluído para uma infecção. Imagens da criança, com várias manchas pelo corpo, foram parar nas redes sociais, como forma de alertar outras mães a procurarem atendimento médico o quanto antes, caso o filho ou filha apresente os mesmos sintomas.

O fato é que a postagem preocupou alguns pais, principalmente devido a divulgação recente de uma reportagem nacional sobre uma nova doença, chamada “mão-pé-boca”, que está se espalhando em creches e escolas da região e que teria bastante semelhança com o caso ocorrido em Araucária.

A virose, bastante contagiosa, é provocada pelos sorotipos do Vírus Coxsackie, que normalmente habita nosso sistema digestivo e pode provocar sintoma como estomatite. O vírus costuma atacar o organismo de crianças até cinco anos. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e falta do apetite.

Há, também, garganta inflamada intensa. Mas a característica principal da doença é o desenvolvimento de muita coceira com bolhas muito pequenas nas mãos e nos pés. O prurido dói quando pressionado ou tocado. A melhor forma de evitar a doença é intensificar a higiene do seu filho.

Sobre a situação, a Secretaria de Saúde não confirmou nenhum caso da doença no município, e explicou que as informações obtidas via redes sociais devem ser observadas sempre com muita atenção e cautela. Nos casos envolvendo saúde, o diagnóstico cabe apenas a um profissional da área. Informação confiável sobre saúde deve ser obtida junto a profissionais qualificados e as unidades básicas estão abertas para esclarecer todas as dúvidas. A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que não expõe publicamente dados sigilosos sobre diagnóstico dos usuários.

A Saúde declarou ainda que os profissionais da Educação Infantil têm formação para dar os devidos encaminhamentos quando percebem um caso suspeito de doença nas unidades. Os pais são sempre acionados para que levem as crianças para atendimento médico e cuidem do cumprimento do tratamento prescrito. Orientações sobre hábitos de higiene são rotina nas unidades educacionais e visam reforçar as orientações que as crianças trazem de casa.

O CMEI onde o caso teria ocorrido também não confirmou o caso e não quis se pronunciar a respeito.

 

Publicado na edição 1104 – 15/03/2018