João Antônio lechenacoski sentiu pela primeira vez a emoção de correr a São Silvestre no último dia 31 de dezembro. Após passar por um drama e ter que amputar a mão direita por causa de acidente com fogos de artifício, a corrida se tornou sinônimo de superação. A depressão pós-acidente foi o que o motivou a começar a praticar o esporte.
João começou a correr e treinar com a Equipe Rodrigues. “Fui acolhido por todos. A equipe é maravilhosa, formada por pessoas carinhosas. Tenho muito a agradecer ao Hailton e a Zenilda; pessoas que me receberam de braços abertos. Tive professores excelentes, à Luciana e oo Valter minha gratidão. Me senti abraçado, todos me ajudavam nos treinos, então fui criando mais motivação para correr atrás desse sonho”, conta.
A adrenalina de participar de uma prova internacional ainda pulsa quando o atleta fala sobre a prova. “É inexplicável, incrível, o coração vai a mil. São trinta mil pessoas disputando a prova e outras milhares te incentivando, desejando feliz ano novo. É uma energia difícil de descrever, você esquece de qualquer coisa que te deixa mal , você só quer participar da festa e correr livre pelas ruas de São Paulo”.
A organização da prova também foi elogiada. De acordo com João, toda a estrutura da prova é muito bem planejada. Dica para correr a São Silvestre? “Vontade. Acho que esse é o principal fator. Ter uma equipe capacitada para treiná-lo também é determinante. O apoio de amigos e familiares também conta. Tenho muito a agradecer a meus filhos e sobrinhos que me ajudaram na recuperação e me incentivaram na preparação. De agora pra frente quero correr a São Silvestre até chegar aos meus cem anos”, planeja João.
Além dele, a araucariense Alexandra Tabate também participou da prova pela Equipe Rodrigues.
Texto: Danielle Peplov
Publicado na edição 1145 – 10/01/19