No próximo domingo (16/07), Araucária irá receber o espetáculo “Olha Pra Mim”, da Sutil Companhia de Dança. A apresentação acontece às 20h, na Praça da Bíblia e será gratuita, com classificação indicativa livre e duração de 45 minutos. A peça já foi contemplada pelo Prêmio Funarte Circulação e Difusão da Dança 2022 e está realizando uma temporada de 10 apresentações nas seguintes cidades: Paraná (Almirante Tamandaré, Colombo e Araucária); Santa Catarina (Jaraguá do Sul, São Bento do Sul e Mafra) e São Paulo (Apiaí, Registro e Eldorado).
A companhia desenvolve uma pesquisa em dança denominada corpo sutil, pesquisa essa que é compartilhada com o público por meio de espetáculos e oficinas, atualmente está localizada em Curitiba e se organiza por projetos.
Foi fundada em 2017, sob direção de Ádia Anselmi, uma interessada em cultivar uma investigação de movimento que priorize as sensações provocadas pelo movimento, sendo essa, a partir da percepção da interação corpo-mente-energia. “A Sutil Companhia desenvolve um trabalho em dança contemporânea a partir de uma abordagem investigativa e por meio dessa pesquisa buscamos que a obra chegue nas pessoas, que possa tocá-las assim como também somos tocadas no processo criativo, ensaios e durante as apresentações”, afirmou Ádia.
“Olha Pra Mim” estreou em 2018 e desde então passou por diversas cidades do Brasil, passando também por temporadas na Argentina e Paraguai. Durante a pandemia o espetáculo ganhou uma versão online, disponibilizada em plataforma de streaming.
A criação da obra inspira-se na palestra “Olha pra mim” de Ângelo Gaiarsa, psiquiatra brasileiro que aborda a necessidade humana de sermos olhados e reconhecidos. A obra permeia entre as sensações de sermos olhados verdadeiramente e a busca invariável por esse olhar. O espetáculo explora a dramaturgia corporal das intérpretes em danças fluídas íntimas e que demonstram a inquietude das relações humanas.
“A conversa de Gaiarsa serviu como mote para minhas próprias indagações sobre o olhar nas relações, dentro de um contexto cultural, social e político. Juntando isso, trouxe também para o espetáculo o olhar social, o que evitamos de olhar verdadeiramente, como as mazelas da sociedade”, explicou Ádia.
Edição n. 1370.