Durante muitas décadas, em plena área central da cidade, era bastante comum que as casas não possuíssem muros e até mesmo as cercas de ripas não era necessário. Araucária foi por muito tempo conhecida como uma cidade rural, de poucos habitantes, e com empregos nas indústrias de fabricação de massas de tomate, na indústria de tecidos de linho, nas serrarias e fábricas de cerâmicas e palhões.

Essa casa antiga e com grandes janelas era localizada nas esquinas das Ruas Dr. Victor do Amaral com Av. Archelau de Almeida Torres, num cenário antigo vemos que as ruas ainda eram difíceis de transitar, mas assim mesmo nos dias de desfile da semana da Pátria, os alunos das escolas municipais se apresentavam com seus impecáveis guarda pós brancos para a apresentação na Rua Dr. Victor do Amaral como podemos verificar na foto um grupo de alunos vem pela Av. Archelau de A. Torres, do outro lado do casarão está a cerca de uma residência, essa casa assim como outras que seguem era chamada Vila Operária e ali residiam os funcionários da Fábrica de Tecidos de Linho São Patrício.

A casa que vemos, pertencia ao casal Antonio e Judite Cantador (ambos de saudosas memórias), e por décadas a família residiu ali, nos fundos havia um amplo quintal onde eram cultivados produtos como hortaliças também havia um pomar, com árvores frutíferas como laranjeiras, parreiras de uva, macieiras, ameixeiras e junto o casal Cantador tinham galinhas e vacas no seu quintal.

Esse lugar atualmente está totalmente diferente. Foi vendido e a casa demolida, assim como as arvores s os animais já não ocupam mais esse lugar. Mas, no lugar está uma construção que há anos está parece ser interminável. A construção foi adquirida teve início nos anos 80. Os herdeiros da Família Cantador, que residiam nesta casa, comercializaram o imóvel. O novo proprietário segundo dizem estaria construindo as instalações da Loja Santista.

Há muitos e muitos anos que vemos a construção subir, mas ainda não é a conclusão. Hoje vendo o movimento destas ruas, especialmente neste local, vemos o bem que faz uma boa iluminação e um asfalto bem feito, apesar das dificuldades de anos anteriores ainda há lugar para a nostalgia que esse lugar e as pessoas que residiram ali deixaram. Mas é o preço que devemos pagar pelo progresso.

Texto de responsabilidade de TEREZINHA DE SOUZA POLY – Administradora da Página Araucária uma Cidade uma Saudade do Facebook.

Edição n.º 1476.