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Com apenas sete anos, garotinha se destaca no velocross paranaense

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Com apenas sete anos, garotinha se destaca no velocross paranaense

Há quem diga que a paixão por carros e motores passa de geração para geração. A história do araucariense Wilian de Souza e a filha Emanuelle Ribeiro de Souza, nos mostra que realmente essa “paixão hereditária” existe. O pai sempre foi ligado às máquinas de duas e quatro rodas, e seguindo este exemplo, a filha despertou, desde cedo, a paixão por motos. A garotinha, que completa oito anos nesta quinta-feira, 28 de maio, levou isso tão a sério que se tornou pilota de velocross e tem até um título de campeã em apenas 9 meses no esporte. “Sempre fui muito apegada ao meu pai, desde a época em que ele se separou da minha mãe, quando eu tinha apenas um ano e 10 meses. Tanto que fiquei morando com ele. Ele conta que quando eu tinha um ano de idade, o gosto pelas motos começou a aparecer”, relembra.

Talvez a paixão de Emanuelle se explique pelo fato de o pai sempre ter tido motos, e estar envolvido no mundo dos motores preparados e carros de arrancada, fazendo com que a adrenalina estivesse presente na sua vida desde cedo. “Lembro quando meu pai ia me buscar na creche de moto, pra mim era a melhor sensação do mundo, poder sentir a brisa do vento no rosto. Com seis anos pedi uma moto de presente de Natal, e meu pai disse que se eu fosse obediente, ganharia. Para minha surpresa, ele não se aguentou em esperar e me deu de presente a moto, no Dia das Crianças de 2018. Chorei de felicidade, pois aquele era meu sonho”, relembra a garotinha.

Com a moto nova e toda empolgada, Emanuelle aprendeu a pilotar muito rápido. Em pouco tempo já estava saltando pelos barrancos e mostrando cada dia mais seu potencial. Em fevereiro de 2019 ganhou uma segunda moto, e em junho do mesmo ano, fez sua primeira corrida. Entre 19 competidores, chegou na 11ª posição. O pai então resolveu investir na carreira esportiva da filha e ela começou a participar das etapas da Copa Gêmeas do Iguaçu. Porém, já havia perdido 4 das 10 etapas da competição, mas mesmo assim, seguiu em frente e conseguiu terminar o campeonato na 4ª colocação, na categoria Mini Motos e na 65cc. “No final do ano passado iniciei na Copa Verão e fiz as 4 etapas, finalizando o campeonato como campeã nas duas categorias que eu piloto: Mini Motos e 65cc”, comemora.

A evolução da jovem pilota vem sendo constante, e esse ano ela pretende se dedicar mais e correr no Campeonato Paranaense e também seguir em frente na Copa Integração, entre outras copas regionais. Na Copa Integração ela já participou da 1ª etapa, em São Mateus do Sul, e terminou em 1º lugar na categoria tr50f. Esperamos colher ótimos resultados, e mesmo durante a pandemia, estamos treinando para isso, pois a previsão de volta dos campeonatos é para o mês de agosto. “Queremos muito exaltar o nome da cidade com uma campeã paranaense de Velocross. Meu pai também corre, mas ele diz que a emoção principal é me ver nas pistas, e vibrar a cada largada, a cada ultrapassagem. E minha felicidade é subir ao pódio, para que ele tenha a sensação de dever cumprido ao me ver feliz ali”, disse Emanuelle. Ela e o pai correm pela equipe Beto Racing.

Texto: Maurenn Bernardo

Foto: divulgação

Publicado na edição 1214 – 28/05/2020