Empresas do setor estão essencialmente concentradas em dois polos: Norte e Oeste
Por WALDICLEI BARBOZA
EDIÇÃO ESPECIAL EM COMEMORAÇÃO AO DIA DA INDÚSTRIA
Uma rápida passada de olhos no ranking das 100 indústrias que mais contribuíram para que Araucária liderasse o Índice de Participação dos Municípios (IPM), quando o assunto é o Valor Adicionado Fiscal (VAF) relativo ao setor fabril, permite que constatemos a relevância das empresas distribuidoras de combustíveis em nossa economia.
São pelo menos dez as indústrias entre as cem mais bem posicionadas. E nem poderia ser diferente. Afinal, temos aqui a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar). No entanto, a simples constatação de que a predominância das distribuidoras de combustíveis no ranking se dá em virtude de termos uma unidade da Petrobras em nossa cidade não nos ajuda a entender quem são essas empresas e a importância delas para manter a Cidade Industrial de Araucária funcionando.
Hoje, por exemplo, as distribuidoras de combustíveis estão divididas em dois grandes polos: norte e oeste e é para lá que vão boa parte da produção da Repar. Esses pools de combustíveis reúnem diversas distribuidoras, que utilizam uma mesma base operacional para seus produtos. O Pool Norte fica às margens da Rodovia do Xisto e lá estão gigantes como a Raízen/Shell, Ipiranga e a BR Distribuidora. Nesta área norte também há a base privativa da Pontual Brasil Petróleo, que opera com inúmeras bandeiras petrolíferas.
O outro Pool de Combustíveis é ao Oeste da Repar, margeando a rua Eli Volpato até a esquina com a Lídia Zampieri. Lá estão empresas como Idaza, a Stang, A Sadipe e a Unibraspe. Destas bases, saem o combustível de inúmeras distribuidoras que abastecem Paraná, São Paulo e outros estados do Sul.
Profundo conhecedor da nossa área industrial, o engenheiro Edilson Bueno, explica que Araucária abriga hoje a maior e mais valiosa planta industrial da região Sul. “Quando vemos um carro numa estrada se deslocando não é só o motor que é movido a petróleo, os materiais plásticos no seu interior, os pneus em contato com pista e o próprio asfalto podem todos ter sido originados aqui em Araucária.
Da mesma forma, destaca Edilson, a indústria araucariense pulsa na casa de todos nós. Seja ao utilizarmos o gás de cozinha ou o óleo de soja, ou as enzimas dos detergentes e saponáceos que pode ter origem em nosso polo fabril. “Até mesmo o caulim que abastece a indústria cerâmica, aquele do nosso prato de almoçar, e o mesmo caulim se aplica como carga para muitos produtos e são retirados do nosso solo sagrado de Araucária”, reflete.
A presença da Repar no solo dos briosos tinguis abriu as portas de Araucária para o mundo. E para cá vieram as mais diversas empresas, transformando o município num diversificado parque industrial, com plantas tão diversas como papel e celulose, metalmecânica, refrigeração e ar-condicionado, extração de óleo de soja, enzimas e biotecnologia, tintas, fertilizantes, além da ampla cadeia de insumos produzidos para o setor moveleiro.