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E o Centro de Eventos?

 

Na última semana, novamente, a discussão acerca da realização de uma festa particular nas dependências do Parque Cachoeira tomou conta de nossa cidade. A “des” organização do evento chegou, inclusive, ao ponto de anunciar quem seriam alguns dos artistas que se apresentariam nas datas que suas mentes férteis imaginaram que a festa ocorreria.

Carente que somos desse tipo de evento em nossa cidade, não deu outra. Num primeiro momento, muita gente comemorou e já se planejou para a tal festa. O problema, no entanto, é que o Parque Cachoeira não é a casa da mãe Joana que permite que as pessoas agendem eventos particulares e saiam por aí convidando os outros. Muito pelo contrário, aquele Parque é uma área ambiental, que jamais deveria servir a esse tipo de propósito. É claro que algumas concessões sempre foram possíveis, principalmente quando as promoções são realizadas pelo Poder Público, mantenedor do local. Porém, ceder ou locar o Parque a preço de banana para um particular ganhar milhares, milhões de reais já não é mais aceitável.

E justamente por não ser mais aceitável que a Prefeitura ceda ou loque o Parque para este tipo de propósito de particular é que o Poder Público precisa urgentemente trabalhar para que a cidade tenha um centro de eventos. Enquanto isto não acontecer é pouco provável que a cidade consiga oferecer e/ou mesmo atrair promotores sérios dispostos a trazer para cá shows de artistas de renome encontros diversos na área de entretenimento.

E há que se dizer que o aparente desdém com que o Poder Público tratou esta questão ao longo das últimas décadas é algo inaceitável. Afinal, Araucária é uma cidade privilegiada em vários aspectos, estamos a poucos minutos da Capital, de um aeroporto internacional, a poucas horas de um porto internacional, possuímos imensos vazios urbanos que poderiam abrigar um centro de eventos multiuso, temos uma zona rural privilegiada que precisa ser rediscutida e temos potencial financeiro para uma construção destas. O que nos falta, talvez, é o enxergar além da esquina. Afinal, não poderemos eternamente ser uma cidade cuja principal opção de lazer e entretenimento é pegar um ônibus ou um carro e ir pra Curitiba. É mediocridade demais para a segunda maior economia do Estado e uma das cem maiores do país.

Logo, como sempre, o que fica agora diante da frustração da não realização da festa e da alegria por conta da acertada decisão da Prefeitura de não liberar o Parque Cachoeira para um particular é a expectativa de que nossos gestores acordem para a necessidade de termos o quanto antes o tão falado centro de eventos!

Até uma próxima! Comentários são bem vindos em www.opopularpr.com.br.

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