Pela primeira vez desde o início da pandemia da Covid-19 Araucária registrou num único dia a existência de quase quatro mil pessoas em tratamento contra a doença. No boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira, 2 de fevereiro, eram exatamente 3.835 moradores locais lutando contra o vírus ao mesmo tempo.
A quantidade de casos simultâneos se mantém superior a três mil desde segunda-feira (31). Antes desta semana, apenas num data, em 29 de março de 2021, os casos ativos estiveram próximos do que vemos hoje. Naquela oportunidade eram 2.909 pessoas lutando contra a doença isolados em casa.
Apesar de os números atuais causarem temor, a tendência é que eles permaneçam em alta ao longo dos próximos dias e semanas, cruzando muito possivelmente a casa dos quatro mil casos. Esse crescimento vertiginoso acontece principalmente em razão da variante ômicron, considerada ainda mais transmissível do que “versões” anteriores da Covid-19.
Hoje, a ômicron é a responsável por quase a totalidade dos casos positivos de Covid-19 que vem sendo registrados em Araucária e no mundo. Só em nossa cidade, a chegada da nova variante fez com que os casos em tratamento tivessem só neste ano um crescimento superior a 3.000%. Terminamos 2021 com apenas 47 pessoas com o vírus ativo e hoje, pouco mais de trinta dias depois, estamos prestes a romper a barreira dos quatro mil em tratamento.
564 mortes por Covid-19 em Araucária
Embora numa escala infinitamente menor do que outrora, a Covid-19 segue matando. Esta semana, por exemplo, tivemos a confirmação de mais quatro óbitos de moradores de Araucária. As vítimas eram todas mulheres. Uma era moradora do bairro Costeira, tinha 45 anos e nem tinha uma doença pré-existente. As outras três vítimas – uma de 87 anos residente no bairro Boqueirão, outra de 56 anos com residência no Jardim Industrial e uma idosa de 72 anos que morava no Jardim Shangri-lá – tinham comorbidades em seu histórico médico. Com as novas mortes, o total de vítimas fatais em Araucária chega a 564 pessoas. Destas, 321 eram homens e 243 mulheres.
Texto: Waldiclei Barboza
Publicado na edição 1297 – 03/02/2022