O Conselho de Sentença decidiu condenar o réu Cris May Cleiton de Araújo, conhecido pelo apelido de “Frango”, que estava preso há pouco mais de 10 meses. Ele foi acusado pela morte de Alessandro Pereira dos Santos, 27 anos, conhecido como “Nego”, em 18 de junho de 2016, na rua André Moll, no bairro Tindiquera.
Na sentença, dada ao fim do júri popular que aconteceu no último dia 8 de fevereiro, ficou determinada a pena privativa de liberdade em 9 anos e 4 meses de reclusão inicialmente em regime fechado. O juiz, Sergio Bernardinetti, ressaltou ainda na sentença o Enunciado n° 14, aprovado pelo Fórum Nacional dos juízes Criminais – FONANC, que estabelece que “o réu condenado pelo Tribunal do Júri deve ser imediatamente recolhido ao sistema prisional a fim de que seja iniciada a execução da pena em homenagem aos princípios da soberania dos veredictos e da efetividade processual”.
MESMO RÉU
Em abril de 2017, Cris May Cleyton de Araújo foi também réu em um júri onde era acusado pelo homicídio de Alberto Padilha Correa, em 28 de agosto de 2000.
De acordo com a denúncia, Cris May e um segundo autor, já falecido, entraram em uma casa na rua Flamingo, no jardim Shagai, e atiraram contra três pessoas que lá estavam, sendo que uma delas veio a óbito.
Com relação à prática destes crimes, considerando que foram da mesma espécie, no mesmo cenário e praticamente simultâneas, Cris May foi condenado inicialmente a 10 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado.
Agora, contando a pena do júri deste ano e a do júri em 2017, após transitar em julgado o processo, ou seja, no momento em que acabarem os recursos, será formado um auto de execução onde são reunidas e somadas todas as penas.
JÚRI DE HOJE
Em continuidade à agenda de júris, hoje, 22 de fevereiro, sentará no banco dos réus Jackson Halas Gouvea, acusado pela prática de tentativa de homicídio qualificado contra João Almeida dos Santos Filho, na noite de 2 de outubro de 2011, na rua Tesoureiro, esquina com a rua Tiriva, no jardim Califórnia.
Na época, em um churrasco na região, os envolvidos teriam discutido e a vítima teria dito que não tinha medo de um dos acusados, visto que o crime foi cometido por Jackson e mais dois indivíduos.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público, consta que, a vítima, quando foi agredida cruelmente pelos autores, estava deitada em sua cama em um alojamento de obra. Os agressores aproximaram-se e passaram a desferir golpes contra João, sem mesmo deixar que ele pudesse se defender.
Pesa também na denúncia o modo como se deram as agressões, mediante meio cruel, causando à vítima grande sofrimento físico. Os acusados teriam, inclusive, preparado uma cova para João, já com a intenção do homicídio.
Na época, a vítima foi encaminhada ao Hospital Municipal de Araucária pelo Siate com fraturas e traumatismo craniano. Já a Polícia Militar apreendeu os indivíduos envolvidos, que estavam detidos por populares e testemunhas que teriam presenciado os fatos, acusando Jackson e os dois adolescentes da autoria.