APAE Araucária adaptou ensino para superar barreiras da distância

Foto: Freepik
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O ensino remoto trouxe inúmeros desafios na aprendizagem. E não é diferente em relação aos alunos da Educação Especial. Em Araucária, a Escola da APAE teve que buscar soluções para superar as barreiras da distância e garantir o direito de aprender em meio à pandemia da Covid-19. Considerando as necessidades socioeconômicas das famílias e as necessidades educacionais dos alunos, direção, equipe pedagógica, professores e funcionários da instituição, criou alternativas que hoje possibilitam a participação de 100% dos alunos.

A principal ferramenta de trabalho passou a ser o WhatsApp, que se transformou em um importante canal de comunicação entre pais e professores, para o envio das videoaulas e atividades, esclarecimento de dúvidas e demais orientações repassadas nos números privados de cada um. Para as famílias que não possuem acesso fácil às ferramentas e meios de comunicação digital, a APAE Araucária também disponibilizou materiais impressos para a retirada na unidade escolar, com todas as atividades, como forma de apoio pedagógico. E as famílias em situação de vulnerabilidade social estão recebendo as atividades em casa, através do transporte da própria instituição, além de receberem ligações de apoio e orientações.

Segundo Anilceia, diretora escolar da APAE Araucária, toda a equipe da educação, entre professores, coordenadores pedagógicos e funcionários, têm acompanhado as orientações e informações do Governo Estadual e da Federação das APAES, como também as orientações específicas da Educação Especial. “Estamos todos preparados para que quando acontecer a retomada híbrida ou total da educação presencial, possamos garantir aos nossos alunos a continuação da educação de qualidade”, pontuou.

Pais dizem que o apoio da escola tem sido fundamental no aprendizado dos filhos

Se para a equipe da Escola APAE a educação remota foi um grande desafio, a situação não foi diferente para os pais dos alunos. De uma hora para outra eles tiveram que virar “professores” dos próprios filhos, tendo que lidar ainda com a ansiedade e a falta que eles sentiram da convivência escolar. Tarefa que eles tiraram de letra, em grande parte pelo apoio, o acompanhamento e a preocupação constante da escola para com seus alunos.

Germiria Rodrigues Pontes, mãe do aluno Vinícius Rodrigues, conta que o filho se adaptou super bem ao ensino remoto. “Ele assiste as aulas mais de uma vez e realiza com autonomia a maioria das atividades. As professoras são sempre muito criativas e isso ajuda no aprendizado deles”, relatou a moradora do bairro Porto das Laranjeiras.
Para Irene, mãe do aluno Fernando Resner, moradores do bairro Tayrá, não tem como não agradecer o atendimento da APAE. “O Fernando tem algumas dificuldades, mas a professora sempre retorna pra saber como ele está se saindo, e quando ele não consegue fazer, eu a aviso e às vezes fiz algumas adaptações na lição. A aceitação dele pela atividade remota foi muito boa. E quanto à entrega do material de apoio em casa, não tenho do que reclamar”, afirma.

Luan dos Santos é outro aluno que recebe as atividades em casa. “A entrega das lições é certinha, ainda bem porque a escola fica longe aqui de casa e nem sempre temos créditos no celular para o meu irmão poder realizar as atividades pelo grupo. O Luan gosta muito de fazer as lições, mas quase sempre precisa da minha ajuda. Ele está muito ansioso para voltar para a escola e rever os amigos”, relatou a irmã Vitória. A família de Luan mora no Jardim Israelense.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1255 – 01/04/2021

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