Projeto Vida chega às escolas de Araucária

Escolas de Contenda já vivenciaram a experiência do Projeto Vida
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Projeto Vida chega às escolas de Araucária
Escolas de Contenda já vivenciaram a experiência do Projeto Vida

 

Um projeto que teve início em abril deste ano e que está sendo desenvolvido em alguns colégios da região de Curitiba está prestes a ser trazido para Araucária. O Projeto Vida, idealizado pela professora de Contenda Fabiana do Carmo Ferreira, que hoje conta com a colaboração do escritor e palestrante Marcos Carvalho e da professora araucariense Suellem Celusniaki de Moura, tenta resgatar nas instituições de ensino os princípios e valores humanos que foram se perdendo ao longo do tempo.

Os primeiros colégios araucariense que poderão receber o projeto em breve são o Professor Julio Szymanski, no Centro, e o Colégio Presidente Castello Branco, na localidade de Capinzal, mas os detalhes ainda não foram acertados. “Também temos planos de implantar o projeto nas escolas municipais e já estamos em contato com as autoridades para que isso se concretize”, comentou Fabiana.

Segundo ela, no Szymanski os detalhes já foram acertados na tarde de ontem, 9 de agosto, e a primeira poderá ocorrer entre os dias 15 e 20 de setembro. “Nessa primeira etapa serão realizadas palestras para os alunos, sendo duas de manhã, duas à tarde e duas à noite. O projeto será trabalhado através de formação dos professores e de um aplicativo que está sendo desenvolvido para os alunos de ensino médio e universitário”, explicou.

Ainda de acordo com Fabiana, os frutos do trabalho serão a cura do corpo e da mente, diminuindo a violência física e psicológica, trabalhando para que os alunos entendam que cada um é responsável pelas suas escolhas, eliminando a visão de vitimização. “A proposta é criar hábitos saudáveis de disciplina, ordem, concentração e gratidão. A consequência desses hábitos será o desenvolvimento pessoal e profissional”, ilustrou.

No projeto também são ministradas palestras com temas relacionados ao poder das escolhas, responsabilidade, compromisso, como enfrentar medos e ansiedades, aproveitamento de tempo e energia, entre outros. Seminários tratam ainda da transformação emocional, essência de liderança e ciência da prosperidade.

Como surgiu a ideia

“Em 12 anos que trabalho em colégios, sempre ouço reclamações dos professores relacionadas com a falta de respeito por parte dos alunos e a dificuldade que eles têm de dar aula. Mas sinceramente nunca havia entendido tal afirmação. Sabemos que não é fácil, mas qual seria exatamente a causa desse desrespeito. Então comecei a pesquisar alguns estudiosos, observar, conversar com professores, alunos, coordenação. E percebi que na verdade o ser humano no geral é egoísta, só quer ter e receber. E muitas vezes queremos algo que não somos, que não damos exemplo no nosso dia a dia, na nossa conduta. É algo do tipo faça o que digo, mas não faça o que faço. Se pararmos pra pensar porque as crianças e adolescentes se portam assim. Será que estão passando por dificuldades? Então procurei entender porque agimos assim. Foi aí que cheguei na questão de Princípios e Valores Humanos, e comecei a desenvolver o projeto”, explicou Fabiana.

Segundo ela, a primeira atividade foi quando deu a febre da baleia azul. Nesta fase ficou bem claro a falta de Princípios e Valores Humanos e os alunos ficaram à vontade para expor suas angústias e medos. “E a melhor forma que encontrei para reverter essa situação foi através das escolas, com atividades simples como resgatar a gratidão, o perdão e a empatia para termos o respeito. No início de julho conheci o Marcos Carvalho, através do Maurício Ferraz da Costa, chefe do Núcleo Regional de Educação – Área Metropolitana Sul, que é estudioso na arte de treinar a mente a partir dos princípios e valores humanos, e a partir de então começamos a trabalhar em parceria”, contou a professora.

Como funciona

Cada turma de alunos conta com dois ou três representantes do projeto devidamente identificados com coletes, assim como a patrulha Amigos do meio ambiente, que conscientiza sobre o descarte correto de resíduos como remédios vencidos, óleo de cozinha, lixo eletrônico, entre outros. “Nas escolas onde o projeto já está em andamento os resultados positivos são visíveis” ponderou Fabiana.

 

Texto: Maurenn Bernardo / Foto: divulgação

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